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Número de aposentados ativos cresce no Brasil, segundo pesquisa

11 outubro, 2018

Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revela que os idosos, atualmente, representam 7,8% da força de trabalho. A numeração indica um aumento de 1,5% em comparação com 2012, quando os aposentados ativos representavam 6,3% do público economicamente atuante.

Outro dado levantado no estudo reforça que o efeito da crise no país e, consequentemente, a busca por recolocação entre esse público. Em 2012, 20% dos idosos que perderam seus empregos optaram por parar de trabalhar. No mesmo período de 2018, esse número caiu para 16%. No mesmo período de comparação, o público que já estava desempregado que optou pela inatividade foi de 48% em 2012. Em 2018, esse número foi reduzido para 40%.

Embora esse público esteja mais disposto a se manter profissionalmente ativo, a pesquisa revelou que a absorção de profissionais acima de 60 anos apresentou queda. Em 2012, 28% conseguiram recolocação, enquanto em 2018 esse número recuou 5%, de modo que apenas 23% obtiveram êxito na busca por uma nova oportunidade.

A raiz da mudança

Os números mostram um contexto brasileiro de envelhecimento da população, mas por outro lado, também reforça que o comportamento e o perfil dos idosos está mudando. Para José Augusto Minarelli, CEO da Lens & Minarelli, o cenário mescla necessidade e desejo de continuar economicamente ativo nesse público. “Seja por necessidade, seja por vontade, os idosos estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho”, explica.

O executivo complementa que o cenário com mais de 13 milhões de desempregados, de acordo com último levantamento do IBGE, faz com que, muitas vezes, os idosos reassumam o papel de mantenedores da família. “Situações como esta, muitas vezes, obrigam aqueles que já poderiam estar descansando a voltar ao trabalho para complementar a renda doméstica”, conclui. No mesmo contexto, pesquisa realizada pela LCA Consultores revelou também que aproximadamente 10 milhões de pessoas dependem da renda dos aposentados para viver.

Fonte: Portal Consumidor Moderno

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